Literalzeira

Olá amigos,
Literalzeira é um espaço aberto para falar sobre música, refletir sobre o que há de bom na produção atual e na música imortal brasileira. Claro que não podemos deixar de falar da baixa qualidade das melodias e composições que estão tomando conta da mente dos brasileiros - e enchendo os bolsos de quem se aproveita da falta de personalidade musical da nossa gente.
Aqui eu, você e todos os amantes e profissionais da arte, podemos debater, sem medo, a poesia e a música que existem entre nós, dentro de nós.
Portanto, sejam bem-vindos. Vamos comentar, sugerir, expor idéias e pelo menos tentar mudar este cenário.
Para começar, quero compartilhar com vocês uma de minhas composições, a que me fez pensar em fazer este blog. Ela se chama "Literalzeira - Literatura Brasileira". Espero que gostem.

LITERALZEIRA
Autor : Edgar Renne

Quero compor aquela música que há muito tempo não se faz
Memórias póstumas de Brás
Cubas não é libre pois a batalha não é de paz
Quero morrer latino como todos ancestrais
No cortiço do Aluísio todos já foram banidos
Por essa história ninguém se interessa mais

Praticando poesia até a escrava Isaura ria
Presa no tronco apanhando a té jamais

Quero viver naquele templo da praia a roubar
Com os capitães toda minha gangue comandar
Roubando as idéias do oriente a orientar
Pra mitologia brasileira não se acabar
Sou Euclides renascendo um soldado conselheiro
Abolindo a hipocrisia e vivendo ideais

Praticando poesia até a escrava isaura ria
Literalzeira apanhando até jamais

Boêmio pobre louco e podre Pedro Alcatrão
Pobre boêmio simbolismo tradição
Oxalá que encarne nessa vida outro militão
Salvando a escrita com a minha adesão

"Primavera! - versos, vinhos... Nós, primaveras em flor. Corações, cavaquinhos com quatro cordas de Amor!"*

Praticando poesia até a escrava Isaura ria
Agora morta pendurada num andor

* Trecho de poesia de Pedro M. Kilkerry